"Os primeiros passos após a descoberta"
Lidando com as emoções
Um tempo sumida do blog, volto com um assunto que tem aparecido muito...
Quando uma pessoa descobre quem tem alguma alergia ou intolerancia alimentar, provavelmente entra em estado de choque. Tenho visto alguns pacientes ficarem realmente preocupados e entristecidos com a situação, querendo repetir exames, buscando outras opiniões profissionais e ainda “acreditando” em informações erradas para poder aliviar a dor da notícia.
Quando uma pessoa descobre quem tem alguma alergia ou intolerancia alimentar, provavelmente entra em estado de choque. Tenho visto alguns pacientes ficarem realmente preocupados e entristecidos com a situação, querendo repetir exames, buscando outras opiniões profissionais e ainda “acreditando” em informações erradas para poder aliviar a dor da notícia.
A pessoa percebe que sua vida precisará de mudanças drásticas,
mas não sabe como e demora um pouco para poder aprender a lidar com a situação,
tanto no lado emocional quanto prático.
Sem dúvida, é frustrante saber que você terá que conviver
com uma condição que pode dificultar a sua vida. Algumas crianças até aceitam
bem e superam a alergia ou intolerância. Mas no momento, o paciente está preso
a ela e precisa aprender a assimilar o fato.
Há ainda um estado de tristeza que é acompanhado por um
momento de compulsão pelo alimento proibido, o estágio “por que eu?”, que se
repetirá periodicamente e ainda o pensamento de “um pouquinho não fará mal”.
Uma das coisas mais difíceis é aceitar o que não pode ser
mudado, mas este é o primeiro passo para planejar estratégias sem determinados
alimentos. A busca de informações com profissionais capacitados é essencial,
evitando amadores bem intencionados.
Não é uma boa estratégia ficar remoendo coisas que não podem
ser alteradas ou ficar remoendo teorias conflitantes na imprensa ou internet. Concentre-se
em obter informações precisas, objetivas e direcionadas à sua qualidade de
vida.
Normalmente, não é preciso eliminar todos os alimentos
preferidos, então nessa hora é preciso ter calma para identificar situações e
escolhas de risco, pois até mesmo uma saída para um jantar pode ser um
obstáculo perigoso. Assim, é preciso aprender se comunicar sobre o assunto,
pois nem todos os lugares estão preparados para te oferecer informações corretas.
A dica é conversar objetivamente, negociando o que quer ou não no seu prato.
Etiqueta da alergia
Diga às outras pessoas apenas o que precisam saber sobre a
sua sensibilidade ou de seu filho ou familiar. Por exemplo, se precisar de questões
no ambiente escolar, seja pontual com o nível adequado de detalhes, pois é
possível que a pessoa que receba as informações nunca tenha ouvido falar sobre
o assunto e se confunda com as novidades.
E nunca deixe de checar as informações. Se não souber o que
contém, não coma nada.
Quando precisar, leve sua comida. Evite fazer cena ao
recusar os alimentos, pois muitos não entendem a gravidade do problema, nem
adote um tom ofensivo quando lhe oferecerem algo que não pode comer, pois não se
ganha nada chateando as pessoas. Assim, a melhor estratégia é se colocar no
lugar do outro, de como se sentiria se fosse você quem tivesse cozinhar ou
preparar um alimento específico apenas para 1 pessoa em uma festa de 50
pessoas.
Seja otimista e prático, celebrando ao invés de se lamentar.
A postura negativa não ajuda em nada e só deixa o alérgico em um estado de “coitadinho”,
em vez de se alegrar por todos os alimentos permitidos e pelas soluções culinárias
criativas existentes. É muito melhor pesquisar e descobrir tudo que antes era
esquecido e agora pode vir a fazer parte do seu prato, ainda mais nutritivo,
colorido e belo.
Ame o seu corpo, respeitando as suas necessidades individuais. Nunca se compare com ninguém, pois você é único. E tenha em mente que, durante algum tempo, você conviveu com esse problema alimentar desconhecido e outras pessoas próximas podem sofrer do mesmo caso e não saber por falta de informações.
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