quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Quiabo refogado

Quando penso nele, sempre lembro da casa da minha vó... naquela época, criança, torcia um pouco o nariz para a cara do quiabo... mas ela sempre soube que ele era bom! Vó sabe das coisas, né?! Pena que eu não pude aprender a receita dela...

Você gosta com aquela babinha ou sem? Eu gosto sem, mas o que "mais mais mais" gosto nele mesmo, são as suas propriedades. Esse alimento está sendo estudado por ter propriedades antioxidantes, auxiliar no controle do diabetes e do colesterol, ser fonte de vitaminas, minerais, açúcares solúveis, amido, fibras, hemiceluloses e lignina. Funcional, não?

Que tal preparar para o almoço de hoje?!
Quer uma receita (sem baba) para fazer, rapidinho?!

250 g de quiabo
1 colher de sopa de vinagre de arroz ou vinagre branco * (meu segredinho para tirar a baba)
1 colher de sopa de óleo/azeite
1/2 cebola picadinha
1/2 tomate picadinho
1 dente de alho amassado
1/2 copo de água (150 ml)
Orégano à gosto

Em uma frigideira, colocar o quiabo com a metade do óleo. Saltear bem por 3 minutos, cuidando para não queimar. Acrescentar o vinagre e deixar evaporar para tirar a baba.




Retire da panela e deixe ao lado (reserve). Na mesma panela, acrescente a outra parte de óleo, refogue a cebola. Primeiro a cebola, pois o alho queima mais rápido. Se precisar, acrescente um pouquinho de água para ir refogando a cebola. Coloque o alho e deixe dourar um pouco. Acrescente o tomate e refogue também.



Depois coloque o quiabo reservado, mexa e acrescente a água.


Deixe cozinhar até secar bem. Se achar que ainda está duro, coloque um pouco mais de água quente. Coloque o sal e o orégano e outros temperos que quiser (só vale tempero natural!)


Fica ótimo acompanhado de frango caipira ao molho com inhame cozido!
Eita, casa da minha vó! Saudades, Dona Maria!

Bom apetite!

Suco prebiótico


Qual foi o suco que você preparou hoje?

Esse suco eu preparei pensando na saúde e funcionamento intestinal.

A farinha de banana verde tem propriedades prebióticas, que oferecem suporte para a vida das nossas queridas bactérias intestinais (probióticas)... as saudáveis, claro!

O que eu usei para essa receita:

- 1 colher de chá de farinha de banana verde
- 1 laranja inteira com bagaço e sem semente
- 1 ameixa sem caroço picada
- 5 morangos
- Folhas verdes à gosto
- 1 copo de água gelada
- Gelo à gosto
- 1 colher chá cheia de semente de linhaça
- 5 gotas de stévia

Bater tudo no liquidificador. Não coar e não usar açúcar.
Rendimento: 1 1/2 copo


Verdade 1: não exagere muito na farinha de banana verde, senão deixa um sabor amargo.
Verdade 2: ótima escolha para quem tem constipação (intestino preso).
Verdade 3: a aparência e o sabor não são dos melhores, mas também não fica ruim. Preparei e tomei tudo, pois a saúde do meu intestino agradece. Os benefícios compensam, certo?! Da próxima vez eu vou colocar mais morangos, para dar um toque a mais.

E você, vai preparar o quê?
Deixe seu comentário, curta, participe!

Bom dia a todos!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Trocas inteligentes

Está procurando dicas para se alimentar melhor?
Veja como fazer substituições saudáveis no seu dia a dia.



EVITE / CONSUMA COM MODERAÇÃO

PREFIRA
Doces em geral
Frutas, frutas da estação, saladas de frutas ou sobremesas com frutas
Frutas assadas com canela, mel e aveia
Sementes/castanhas
Chocolate comum, chocolate branco
Achocolatado
Chocolate 70% cacau (mínimo)
Cacau em pó ou chocolate em pó com açúcar mascavo ou pouco açúcar
Whey protein ou mix de proteínas*
Sorvetes de massa
Milkshakes
Picolé de frutas, frutas congeladas batidas com pouca água, purê de frutas geladas, smoothie, açaí
Barra de cereal rica em açúcar
Biscoitos doces recheados
Cookies integrais (sem farinha refinada), barras de cereais integrais, barrinhas caseiras, barras de proteínas*
Castanhas e sementes
Açúcar branco
1ª) Adoçante stévia, mel ou agave
2ª) Açúcar mascavo, açúcar demerara
Doce de leite ou geléia e compotas de frutas
Geléia de frutas sem açúcar, manteiga de amêndoas caseira, óleo de coco, purê de banana, purê de abacate
Sucos de caixinha, sucos em pó ou refrigerantes e bebidas com gás
Bebidas alcoólicas
ÁGUA, água de coco, água aromatizada, sucos verdes, suchás, bebidas naturaissucos naturais, suco de uva integral orgânico
Chá de saquinho com açúcar
Chá natural de ervas adoçado com folhas de stévia ou chá de erva doce
- Vegetais empanados ou com molhos
- Saladas coloridas (para quem tem dificuldades de comer, como as crianças ou quem está iniciando uma alimentação saudável
- Vegetais crus e cozidos no vapor
- Caldos de legumes feitos somentes com verduras e legumes
Molhos industrializados (para saladas)
Molhos caseiros com azeite de oliva, mostarda, aceto balsâmico, vinagre de maçã, suco de limão, gengibre
Temperos prontos (com glutamato monossódico)
Temperos naturais, ervas secas, mistura de temperos naturais, molho de soja sem glutamato monossódico
Arroz branco
Arroz integral ou arroz parboilizado, arroz com outros cereais, quinua em grão, amaranto em grão, arroz selvagem
Pão francês, pão de forma, pão bisnaguinha, pão de queijo
Biscoito água e sal, club social e torradas cream cracker
Pipoca de microondas
Torradas feitas com pão integral (de verdade)

Pipoca de panela
Macarrão branco ou instantâneo
Macarrão integral
Massas folhadas, tortas
Suflês, tortas com farinha integral, panqueca integral
Farinha branca
Farinha integral
Batata frita
Batata assada, batata doce assada, batata yacon, inhame, mandioca cozida, purê de batata
Cereal corn flakes (sucrilhos)
Granola com açúcar
Mix de cereais integrais
Sementes (castanhas, nozes)
Carne com gordura, pele
Carnes retiradas as gorduras antes do preparo, carnes mais magras, peito de frango, peixes
Ovo frito (imersão)
Ovo feito na frigideira com 1 gota de óleo
Omelete, ovos mexidos, ovos cozidos
Hamburguer industrializado
Nuggets industrializado
Hamburguer caseiro com aveia em flocos ou farinha de chia
Nuggets feitos em casa e assados
Embutidos: salame, mortadela, peito de peru, presunto, bacon, lingüiça, salsicha
Atum, carnes cozidas e desfiadas, patê de frango, ovos mexidos
Petiscos industrializados (salgadinhos)

Mix de castanhas salgadas, palitos de palmito, cenoura, cenoura assada, pepino, aipo, ovo de codorna, mini sanduíches com patê, tomate cereja, mussarela de búfala, queijos brancos com azeite de manjericão, patês com torradas integrais
Leite e iogurte integral
Leite desnatado, iogurte desnatados, iogurte com probióticos (ex: Actimel), bebidas com fibras (Yakult Hi-line)

Leite de castanhas, leite de aveia

Queijo mussarela, queijo cheddar, queijo prato
Queijos minas, ricota, cream cheese, tofu
Requeijão, maionese
Guacamole, patês de berinjela, patê de semente de girassol, patê de tomate seco, patê de tofu, azeite de oliva
Manteiga, margarina, creme de leite, banha de porco
Azeite de oliva, molho branco caseiro com leite desnatado e farinha integral+biomassa de banana verde, ou iogurte desnatado
Frituras
Pizzas com catupiry ou pizzas congeladas
Preparações assadas, grelhadas ou ao molho
Pizzas de vegetais


(* Alimentos mais indicados para esportistas ou atletas)

Vamos colocar em prática?

Lembre-se, o mais importante não é começar a fazer tudo de uma vez, o mais importante é que isso persista na sua vida. Então, mesmo que você faça isso aos poucos, se estiver fazendo as mudanças necessárias, isso passará a ser um hábito saudável para toda sua vida!
Quanto mais trocas saudáveis você conseguir melhor. Estabeleça suas metas!

Você já faz algumas dessas dicas? Tem alguma outra dica funcional?
Deixe seu comentário!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Probióticos

Hoje resolvi escrever sobre os probióticos, pois começaram a aparecer notícias que o seu uso favorece a perda de peso, e como sei o caminho que essas coisas tomam, achei importante falar sobre sua ação. Esse amigo da nossa saúde aparecerá mais vezes por aqui!

Na semana que passou, falamos sobre disbiose e seu tratamento, com o uso de probióticos e prebióticos ou simbióticos, dentro do programa 4Rs. O que eles vão oferecer é a melhora da absorção de minerais e produção de vitaminas, estimulação do sistema imune, melhora do funcionamento intestinal, melhora do perfil lipídico, entre outros. Isso tudo causa uma melhora geral durante o seu uso e quando a pessoa está acima do peso e tem a disbiose positiva, com certeza terá os seus efeitos positivos, não nego, pois evidentemente, terá melhora do estado nutricional geral. Melhor nutrido, melhor o corpo responde às nossas necessidades.

No entanto, é sempre importante avaliar que a disbiose pode estar associada à presença da permeabilidade intestinal. A permeabilidade intestinal diz que a barreira mucosa está permeável, ou seja, diminui a seletividade do que pode passar ou não. O que é bom e o que não é, não serão mais "confiscados" adequadamente, ou seja, as bactérias intestinais podem ir e vir do trato gastrointestinal para o sangue ou sistema linfático, fígado, baço ou pulmão, iniciando uma resposta inflamatória sistêmica, o que é prejudicial para o organismo.

Os probióticos são as bactérias vivas, que produzirão efeitos benéficos ao hospedeiro (organismo), favorecendo o equilíbrio da microbiota intestinal. Com sua administração é esperada que ocorra a morte de bactérias patogênicas do ambiente intestinal, consequentemente, a liberação de produtos celulares tóxicos

Se houver permeabilidade intestinal, esses produtos tóxicos podem se translocar para o sangue ou sistemas e desencadear várias respostas e alterações imunológicas, com a produção de substâncias inflamatórias, como TNF-alfa, interleucinas (IL-1, IL-4, IL-6, IL-8), e outras citocinas, prostaglandinas, prostaciclinas, óxido nítrico e proteínas inflamatórias de macrófagos.


Assim sendo, o uso de probióticos é favorável, mas deve ser bem orientado, com a seleção das devidas cepas para cada quadro individual, para não oferecer riscos ou reações adversas ao paciente.

Como tudo se trata de individualidade bioquímica, e temos sempre que respeitar como cada pessoa reage a diferentes situações, é possível, mesmo que em menor escala, que ocorram reações adversas, e o estudo individual do paciente permite que isso seja reduzido ao mínino.

Em pacientes com estado imunológico extremamente debilitado, com alta permeabilidade intestinal, translocação bacteriana e bacteremia, as consequências podem ser muito mais graves, sem favorecerem a redução do risco de complicações infecciosas e ainda, aumentaram os riscos de mortalidade.

Enfim, cada caso é um caso! Não recomendo fazer auto-prescrição de nenhum produto, inclusive probióticos, sem o devido acompanhamento por um profissional Nutricionista habilitado.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Biomassa de banana verde


Essa biomassa é encontrada pronta para vender em lojas de produtos naturais, mas você também pode preparar em casa.
Você vai precisar de 1 cacho de banana, água e amor.
Pode usar qualquer tipo de banana, mas não pode ter sido aclimatizada, passada pelos processos de maturação, quando recebe oxigênio para acelerar sua maturação, então tem que ser de preferência diretamente do pé!
Preparo:
- Colocar água na panela de pressão (o suficiente para cobrir as bananas) e deixe ferver.
- Acrescente as bananas já lavadas, feche a panela e quando começar a pegar pressão, abaixe o fogo e cozinhe por 10 minutos. 
- Desligue e espere sair a pressão da panela (não colocar embaixo da água para acelerar o processo).
 Ainda quente, tirar a casca e picar. 
- Colocar em um processador. É importante fazer isso enquanto a banana ainda está quente, para facilitar o processo.


Se necessário, colocar mais um pouco de água (não usar a do cozimento) até ficar um creme.
Caso não tenha um processador, pode colocar no liquidificador. Talvez seja necessário acrescentar um pouco mais de água.


Se você deixar a banana esfriar, não prepare. Primeiro coloque-a em banho maria para amolecer novamente, senão ela fica muito dura e difícil de trabalhar.

Como usar?
Dá liga e cremosidade às receitas. Pode ser usada em preparações para substituir a farinha de trigo ou amido de milho, nos sucos verdes, arroz, risotos, feijão, carnes, almôndegas, sopas, molhos, patês, mingau, bolos, tortas, etc. 
Obs: Se estiver congelada e for usar em sucos, tem que ser em temperatura ambiente.



- Se deixar na geladeira, pode ficar até 1 semana em uma tigela de vidro bem tampada.
- Também pode ser congelada em forminhas de gelo e deixar por até 3 meses.

* Fotos retiradas do Mais bonita (TV Gazeta) e Canção nova (com Renato Callefi)

Barrinha Nutritiva

Essa receita é preciosa para fazer nesse final de semana. Se programe, separe os ingredientes e mãos à obra.
Essa consegue matar (de verdade!) aquela vontade de comer doces, é super indicada para os esportistas como forma de reposição de carboidratos, além de ser super nutritiva, para exercício de endurance com alto desgaste físico.


Receita super fácil:

- 65 g de tâmara seca sem caroço (6 unidades)
- 38 g de damasco seco (5 unidades)
- 35 g de amêndoas cruas sem casca (1/2 xícara)
- 15 g de óleo de coco (1 colher de sopa bem cheia)
- 10 ml de agua (1 colher de sobremesa)
- 1 g de sal (1 colher rasa de café)

Passar tudo no processador (bater bem bem). Para facilitar, depois coloque no papel manteiga e modele para cortar. Dá pra fazer bolinha também, que é mais prático.

 

Você pode deixar em quadradinhos ou enrolar, se for mais prático. Quando enrolar, você pode acrescentar alguma semente, como gergelim, linhaça, quinua, amaranto ou outra da sua preferência.

Rende 8 barrinhas, do tamanho que você vê na foto. 
O prato da foto é um prato de sobremesa.

Cada barrinha nutritiva tem:
- Peso: 20 g
- Calorias:  80 Kcal
- Carboidratos: 9.47 g
- Proteínas: 0.94 g
- Gorduras (saudáveis): 4.25 g

Além disso, é muito saborosa! Ótima dica para quem quer comer um lanche da manhã ou da tarde durante o dia. É bem docinha, então ajuda a matar aquela vontade descontrolada de doce que algumas mulheres enfrentam em alguns períodos do mês, ou mesmo os homens, que não conseguem viver sem um docinho.

Bom apetite funcional!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Disbiose Intestinal: e agora?

Há diversos fatores que influenciam na composição da nossa microbiota intestinal.
Desde que nascemos, as bactérias intestinais sofrem interferência de tudo que nosso organismo precisa fazer. A introdução alimentar, a idade, o funcionamento intestinal, a alimentação e o uso de medicamentos são os principais responsáveis por definir como será a colonização desse ambiente.

Para saber se a disbiose ou permeabilidade intestinal são positivas é comum realizar uma investigação individual, durante a consulta, que consiste em avaliar a presença e ocorrência dos seguintes sintomas:

* Diarréia e/ou constipação ou os sintomas associados
* Dor ou distensão abdominal
* Muco ou sangue nas fezes
* Dor ou inchaço nas articulações ou artrite
* Fadiga frequente ou crônica
* Alergias, intolerâncias e sensibilidades alimentares (mesmo já diagnosticadas)
* Congestão nasal ou dos seios nasais, asma ou alergia nas vias aéreas
* Eczema ou urticária
* Confusão, memória ruim ou alterações de humor (interações cérebro/intestino)
* Inflamações frequentes ou crônicas
* História do uso de antiinflamatórios e/ou uso de antibióticos
* Consumo de álcool frequente ou o seu uso lhe faz mal
* Síndrome do Intestino Irritável, Retocolite ulcerativa, Doença de Crohn, Doença Celíaca, Sensibilidade ao glúten, Intolerância à lactose, Alergia às proteínas do leite, gastrite, etc.

Existem outras consequências do supercrescimento bacteriano no intestino, que podem ser déficit de crescimento em crianças, má absorção (gorduras, carboidratos, B12 e vitaminas lipossolúveis), sangramento intestinal, danos ao fígado, etc. Todos esses sintomas são avaliados em razão da sua frequencia e se necessário é introduzido um tratamento que se baseia nos 4Rs da Nutrição Funcional:

1º. Remover os patógenos, toxinas e alérgenos alimentares:
Principais responsáveis para favorecer a remoção: alho (óleo), orégano (óleo), própolis, alecrim, alcaçuz, tomilho, cebola, semente de abóbora, suco de cranberry, suco de maçã, ácido láurico, ácido caprílico,

2º. Reinocular bactérias benéficas:
- Probióticos: microorganismos vivos administrados em quantidades adequadas para conferir benefícios para o intestino. É muito importante saber escolher as cepas probióticas adequadas para cada pessoa e patologia.
São encontrados na forma de suplementos que podem ser adquiridos prontos ou manipulados, e o mais utilizados são do gênero Lactobacillus, Bifidobacterium e, em menor escala, Enterococcus faecium.
- Prebióticos: carboidratos não digeridos que estimulam o crescimento e atividades dos probióticos. 
Os mais conhecidos são oligofrutose e inulina. São encontrados na forma de suplementos ou nos alimentos, como a biomassa de banana verde, chicória e alcachofra. 
- Simbióticos: combinação de pré e probióticos. Também são encontrados na forma de suplementos.

3º. Recolocar fatores digestivos:
Os principais responsáveis para essa atividade são hortelã, pimenta, gengibre, erva-doce,  enzimas digestivas (produtos prontos).

4º. Reparar a mucosa oferecendo nutrientes e dieta não irritativa
Os nutrientes mais usados são:
- L-glutamina: importante fonte nutritiva para os colonócitos
- Arginina: apresenta efeitos específicos no intestino, melhora a cicatrização e é secretagogo de hormônios como o hormônio do crescimento e insulina
- Aloe vera gel/suco (apenas com indicação de produtos específicos) e espinheira santa (infusão): auxiliam na regeneração da mucosa intestinal

A dieta não irritativa consiste na exclusão de alimentos de difícil digestão como:
- Glúten, leite e derivados e soja e derivados (produtos não fermentados)
- Açúcar, mel, cana-de-áçucar, agave
- Cafeína e bebidas fermentadas ou gaseificadas
- Leveduras (fermento, levedo de cerveja, vinagre)
- Frutas cítricas (laranja, limão, grapefruit, lima, tangerina), tomate, pimentão, morango e mamão
- Amendoim, castanhas, avelã, nozes
- Rodiziar carnes (boi, frango, peixes, rã) ou eliminar bovina e suína (preferir orgânicas)
- Corantes artificiais, produtos industrializados, temperos prontos, frutos do mar,  embutidos em geral.

Os exames laboratoriais também podem auxiliar no diagnóstico e evolução: coprológico funcional, parasitológico de fezes, teste de permeabilidade intestinal e avaliação funcional do hemograma.

É importante lembrar que não adianta tratar e depois voltar a ter o mesmo tipo de alimentação sem cuidados, esperando que tudo fique resolvido. As alterações voltam a ocorrer e o quadro de disbiose pode se instalar novamente. Existem estudos mostrando que nem sempre a flora bacteriana consegue se manter somente com a alimentação pós tratamento, sendo necessária a repetição do programa nutricional após um tempo.

É muito importante você buscar auxílio nutricional para fazer esse tratamento de forma individualizada, avaliando todos os sinais e sintomas existentes e o tempo necessário para a evolução.

Consulte o seu Nutricionista!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Flora intestinal X Medicamentos

Os medicamentos são uma das principais causas das alterações na flora intestinal, podendo causar desequilíbrios funcionais no nosso estado de saúde X doença, devido à disbiose intestinal.

Os antibióticos agem na flora intestinal com a função de eliminar as bactérias. O que acontece é que ele não escolhe que tipo de bactéria eliminar e faz isso com todas as presentes, boas e ruins. Isso irá favorecer o crescimento de fungos, produzindo toxinas que irritam diretamente a barreira intestinal, aumentando a permeabilidade e absorvendo toxinas pelo sangue. Muitas pessoas sofrem casos de diárréia com o uso de antibióticos, piorando ainda mais esse quadro.



É impressionante, mas as bactérias resistentes podem predominar por quase 6 meses após a administração de um tratamento com antibiótico (amoxicilina) de 7 dias.

Pacientes com gastrite ou diarréia causadas por bactérias podem ser tratatos com o uso de antibióticos, no entanto, estão tratando um sintoma e não a possível causa desse quadro. Se esses microorganismos patogênicos conseguiram se estabelecer nesse ambiente, a ponto de dominar maior parte do território, com certeza algo estará errado com a flora saudável, e eliminar os poucos representantes dela, definitivamente, irá agravar o caso.

Os anti-inflamatórios são muito eficientes contra as dores, e são muito utilizados por esportistas no seu cotidiano para conseguirem conviver com as dores, resultados comuns dos treinamentos. Mas causam reações que alteram a produção de energia (ATP) e a síntese de prostaglandinas, podendo alterar a homeostase do cálcio junto à formação de radicais livres, com aumento da permeabilidade intestinal (o que já é exacerbado com excesso de exercícios). Essa permeabilidade favorece a passagem de substratos que o organismo reconhecerá como invasores e passará a atacá-los através da atividade imunológica.

Medicamentos como anti-ácidos, anti-ácidos histamínicos, bloqueadores da bomba de prótons diminuem ou podem até eliminar a acidez gástrica, que é o ambiente adequado para sobrevivência das bactérias protetoras. Assim, favorecerá o supercrescimento de bactérias nocivas no local (disbiose outra vez!).

O uso de laxantes faz com que o trânsito intestinal seja acelerado, desfavorecendo a manutenção da flora microbiana. Concordo que a constipação (ou intestino preso) também não é favorável para a adequada flora intestinal, mas o uso de laxantes pode agravar a disbiose por não favorecer equilíbrio local. Assim sendo, é preciso tratar a causa dessa constipação, investigando a hidratação, pouco consumo de fibras ou sensibilidades alimentares.

Os anti-inflamatórios hormonais e não-hormonais também alteram esse equilíbrio, bem como o consumo excessivo de alimentos processados, a excessiva exposição a toxinas ambientais, doenças como câncer e AIDS, disfunções hepatopancreáticas, estresse e a diverticulose e outras causas já apresentadas.

É preciso adequar estratégias nutricionais com o objetivo de manter e estimular as bactérias protetoras protetoras, substituindo os microorganismos nocivos da flora intestinal.

Continue acompanhando as postagens do blog, que essas estratégias serão apresentadas em seguida, que consiste no Programa 4Rs, que tem o objetivo de remover os agressores, reinocular bactérias benéficas, readequar a acidez gástrica e enzimas digestivas e reparar a mucosa através da dieta e de nutrientes essenciais.

Lembrando sempre da importância de um acompanhamento pelo seu Nutricionista Funcional, que irá investigar sua individualidade bioquímica e traçar a melhor estratégia nutricional para você.

Invista na sua saúde!