segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Probióticos

Hoje resolvi escrever sobre os probióticos, pois começaram a aparecer notícias que o seu uso favorece a perda de peso, e como sei o caminho que essas coisas tomam, achei importante falar sobre sua ação. Esse amigo da nossa saúde aparecerá mais vezes por aqui!

Na semana que passou, falamos sobre disbiose e seu tratamento, com o uso de probióticos e prebióticos ou simbióticos, dentro do programa 4Rs. O que eles vão oferecer é a melhora da absorção de minerais e produção de vitaminas, estimulação do sistema imune, melhora do funcionamento intestinal, melhora do perfil lipídico, entre outros. Isso tudo causa uma melhora geral durante o seu uso e quando a pessoa está acima do peso e tem a disbiose positiva, com certeza terá os seus efeitos positivos, não nego, pois evidentemente, terá melhora do estado nutricional geral. Melhor nutrido, melhor o corpo responde às nossas necessidades.

No entanto, é sempre importante avaliar que a disbiose pode estar associada à presença da permeabilidade intestinal. A permeabilidade intestinal diz que a barreira mucosa está permeável, ou seja, diminui a seletividade do que pode passar ou não. O que é bom e o que não é, não serão mais "confiscados" adequadamente, ou seja, as bactérias intestinais podem ir e vir do trato gastrointestinal para o sangue ou sistema linfático, fígado, baço ou pulmão, iniciando uma resposta inflamatória sistêmica, o que é prejudicial para o organismo.

Os probióticos são as bactérias vivas, que produzirão efeitos benéficos ao hospedeiro (organismo), favorecendo o equilíbrio da microbiota intestinal. Com sua administração é esperada que ocorra a morte de bactérias patogênicas do ambiente intestinal, consequentemente, a liberação de produtos celulares tóxicos

Se houver permeabilidade intestinal, esses produtos tóxicos podem se translocar para o sangue ou sistemas e desencadear várias respostas e alterações imunológicas, com a produção de substâncias inflamatórias, como TNF-alfa, interleucinas (IL-1, IL-4, IL-6, IL-8), e outras citocinas, prostaglandinas, prostaciclinas, óxido nítrico e proteínas inflamatórias de macrófagos.


Assim sendo, o uso de probióticos é favorável, mas deve ser bem orientado, com a seleção das devidas cepas para cada quadro individual, para não oferecer riscos ou reações adversas ao paciente.

Como tudo se trata de individualidade bioquímica, e temos sempre que respeitar como cada pessoa reage a diferentes situações, é possível, mesmo que em menor escala, que ocorram reações adversas, e o estudo individual do paciente permite que isso seja reduzido ao mínino.

Em pacientes com estado imunológico extremamente debilitado, com alta permeabilidade intestinal, translocação bacteriana e bacteremia, as consequências podem ser muito mais graves, sem favorecerem a redução do risco de complicações infecciosas e ainda, aumentaram os riscos de mortalidade.

Enfim, cada caso é um caso! Não recomendo fazer auto-prescrição de nenhum produto, inclusive probióticos, sem o devido acompanhamento por um profissional Nutricionista habilitado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela sua visita!