O intestino é o órgão mais ativo do nosso organismo e abriga um ecossistema de bactérias que, quando em harmonia, resulta em um processo chave para se manter o equilíbrio entre saúde e doença.
Nosso intestino possui 3 linhas de defesa: a microbiota intestinal, a barreira mucosa e sistema imune entérico.
Quando ocorre um desequilíbrio na microbiota intestinal, é desencadeado um quadro conhecido como disbiose intestinal. Esse desequilíbrio ocorre entre as bactérias protetoras e agressoras do nosso intestino, com a produção de efeitos nocivos no organismos através de mudanças nas suas atividades, quantidades, qualidades e distribuição no trato gastro-intestinal.
A disbiose pode desencadear desde uma constipação (intestino preso) ou diarréia até quadros mais complexos como as alterações na barreira mucosa, aumento da permeabilidade local a açúcares intactos, diminuição da seletividade da absorção de substâncias tóxicas e de bactérias prejudiciais à saúde, além de super estimulação do sistema imune entérico na tentativa de re-equilibrar as funções locais.
Nessa figura, você pode ver como a permeabilidade intestinal permite que substâncias indesejadas também atravessem a barreira mucosa, as quais serão reconhecidas como agressores pelo nosso sistema imune entérico que reagirá contra estes.
Veja que a disbiose altera o funcionamento das linhas de defesa do intestino e isso pode ser associado a diversas doenças, como mostradas na figura:
Além de ativar o sistema imunológico de maneira desordenada, a disbiose facilita o ganho de peso, pode levar à fadiga, e ainda, gerar alterações dermatológicas, como urticárias e acne.
As principais situações que contribuem para a disbiose são:
- Partos cesáreas;
- Pouca amamentação;
- Uso de antibióticos, anti-ácidos, corticosteróides (antiinflamatórios não esteroidais: AAS, ibuprofeno, cetoprofeno, piroxicam, diclofenaco, nimesulida, etc);
- Alimentação desiquilibrada;
- Jejum prolongado;
- Comer muito rápido, mastigar pouco e tomar líquidos com as refeições;
- Má digestão;
- Consumo em excesso de açúcar, gorduras e proteínas;
- Pouco consumo de frutas, legumes, vegetais e alimentos integrais;
- Consumo de alimentos refinados, sem fibras (arroz branco, pão branco, pão francês, biscoitos, macarrão comum...);
- Fermentação de alimentos sem bactérias;
- Alergias alimentares não tratadas (mesmo após o diagnóstico);
- Estresse crônico;
- Deficiência de vitaminas e minerais.
Se você se identifica com esses sintomas (a maior parte das pessoas, eu acredito que sim), procure um Nutricionista capacitado para te ajudar.
É muito comum encontrar pacientes nessas condições durante as minhas consultas.
Felizmente, existem tratamentos nutricionais para resolver essas situações que permitem que seu corpo tenha vitalidade positiva.
Tem coisas, que só um Nutricionista pode fazer por você.
Invista em seu maior patrimônio, sua saúde.


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