segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Detox em Atletas

Os atletas e praticantes de atividade física também precisam dar atenção aos efeitos da detoxAs principais formas de entrada de agentes estranhos (xenobióticos) no organismo de praticantes de atividade física se dá pela inalação de toxinas ambientais (principalmente quando treinam ao ar livre), ingestão de elevadas quantidades de cereais e frutas cultivados com agrotóxicos e o consumo diário de suplementos nutricionais contendo corantes, flavorizantes, conservantes e outros aditivos químicos. 

Adicionalmente, o alto consumo de proteínas de origem animal favorece uma carga ácida à dieta, podendo causar desequilíbrio metabólico no organismo. O atum enlatado também oferece riscos, pois pode conter quantidades significativas de mercúrio, 3º elemento mais perigoso entre todos os metais tóxicos para o ser humano.

A respeito da inalação de poluentes ou toxinas ambientais, é notado que quanto maior a intensidade/volume de exercício e grau de condicionamento físico, maior será a quantidade de poluentes inalados, podendo ser maior o acúmulo de metais tóxicos, como  chumbo e arsênico.

A prática de atividade física, por si só, forma radicais livres através do trabalho muscular intenso e o organismo pode apresentar um sistema de defesa antioxidante insuficiente, dependendo do grau de atividade. Isso se torna importante por afetar diretamente a performance física, fadiga e estresse muscular e overtraining.

Após uma carga de exercícios excêntricos, principalmente em homens sedentários, é verificado um aumento prolongado na quebra de proteínas musculares e de citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6 e fator de necrose tumoral), as quais afetam negativamente a performance e aumentam o risco de lesões musculares. Alguns pesquisadores demonstram que o uso de suplementação antioxidante favorece o equilíbrio oxidativo e a proteção celular contra possíveis danos, enfatizando o uso desses nutrientes na forma de alimentação funcional.

Um dos componentes chaves que o nosso corpo produz como defesa antioxidante é a glutationa. Durante o exercício, os tecidos aumentam sua captação do plasma para combater os radicais livres. Em contrapartida, se o exercício for extenuante e prolongado, pode resultar na diminuição da sua concentração plasmática, de respostas proliferativas de linfócitos e ainda, induzir a apoptose (quebra), gerando um estresse oxidativo sistêmico. A glutationa também pode ser depletada pela presença de metais tóxicos, formando-se um complexo entre si (inibindo sua atividade) ou ainda, inibindo a sua regeneração.

A Nutrição Funcional auxilia na neutralização desses processos negativos a partir da oferta de alimentos funcionais e alcalinizantes, ajustada ao padrão de treinamento e às necessidades nutricionais do indivíduo e atividade física.

A implantação da dieta deve ser feita de forma gradual, com a retirada dos alimentos potencialmente tóxicos ou acidificantes, seguida da eliminação de alimentos intermediários, em conjunto com a oferta abundante de alimentos alcalinizantes e detoxificantes (confira tabela de alimentos).

Durante a anamnese, deve-se dar especial atenção a essas questões, avaliar a possibilidade do paciente aderir integralmente ao plano dietético, e sempre protegendo o organismo e massa muscular de acordo com as condições envolvidas ao exercício durante o tempo proposto (2 a 4 semanas).

Mesmo que em épocas de treinamentos mais pesados se observe maior exposição aos xenobióticos, a adesão do paciente ao plano dietético nessas fases é dificultada pela necessidade do uso de suplementos esportivos, dificuldade de adequação do consumo calórico e limitação de fontes de carboidratos complexos, por exemplo. O ideal é respeitar a periodização de treinamentos, dividindo épocas de treinamento e competição, realizando a detox durante treinamentos mais leves ou descanso/recesso.

Mesmo fora da detoxa dieta usual deve contemplar alimentos nutritivos e detoxificantes para atender as exigências de vitaminas e minerais envolvidos no metabolismo energético, equilíbrio metabólico, crescimento/recuperação muscular, sistema imunológico e sistema antioxidante.

Dentro desse contexto, pode-se atuar dentro da proposta da Nutrição Esportiva Funcional, onde existe uma clara associação entre o estresse metabólico, muscular, hormonal e inflamatório induzido pelo exercício, proporcionando ao atleta, além de ótima performance, a necessária harmonia na interação dos sistemas corporais responsáveis pelos processos básicos da saúde integral.

Para adequar as suas necessidades à sua realidade de treinos, consulte um Nutricionista habilitado. Os resultados são diferenciados e totalmente individualizados.

Fica a dica!

Um comentário:

Obrigada pela sua visita!