A respeito da inalação de poluentes ou toxinas ambientais, é notado que quanto maior a intensidade/volume de exercício e grau de condicionamento físico, maior será a quantidade de poluentes inalados, podendo ser maior o acúmulo de metais tóxicos, como chumbo e arsênico.
A prática
de atividade física, por si só, forma radicais livres através do trabalho muscular intenso e o organismo pode apresentar um sistema de defesa antioxidante insuficiente, dependendo do grau de atividade. Isso se torna importante por afetar diretamente a performance
física, fadiga e estresse muscular e overtraining.
Após uma
carga de exercícios excêntricos, principalmente em homens sedentários, é
verificado um aumento prolongado na quebra de proteínas musculares e de citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6 e fator de necrose tumoral), as quais
afetam negativamente a performance e aumentam
o risco de lesões musculares. Alguns
pesquisadores demonstram que o uso de suplementação antioxidante favorece o equilíbrio oxidativo e a proteção celular
contra possíveis danos, enfatizando o uso desses nutrientes na forma de alimentação
funcional.
Um dos componentes chaves que o
nosso corpo produz como defesa antioxidante é a glutationa. Durante o
exercício, os tecidos aumentam sua captação do plasma para combater os radicais livres. Em contrapartida, se o exercício for
extenuante e prolongado, pode resultar na diminuição da sua concentração
plasmática, de respostas proliferativas de linfócitos e ainda, induzir a
apoptose (quebra), gerando um estresse oxidativo sistêmico. A glutationa também pode ser depletada pela presença de metais tóxicos, formando-se um complexo entre si (inibindo sua atividade) ou ainda,
inibindo a sua regeneração.
A Nutrição Funcional auxilia na neutralização desses processos negativos a partir da oferta de alimentos funcionais e
alcalinizantes, ajustada ao padrão de treinamento e às necessidades
nutricionais do indivíduo e atividade física.
A implantação da dieta deve ser feita de forma gradual, com a retirada dos alimentos potencialmente tóxicos ou acidificantes, seguida da eliminação de alimentos intermediários, em conjunto com a oferta abundante de alimentos alcalinizantes e detoxificantes (confira tabela de alimentos).
Durante a anamnese, deve-se dar especial atenção a essas questões, avaliar a possibilidade do paciente aderir integralmente ao plano dietético, e sempre protegendo o organismo e massa muscular de acordo com as condições envolvidas ao exercício durante o tempo proposto (2 a 4 semanas).
Mesmo que em épocas de treinamentos mais pesados se observe maior exposição aos xenobióticos, a adesão do paciente ao plano dietético nessas fases é dificultada pela necessidade do uso de suplementos esportivos, dificuldade de adequação do consumo calórico e limitação de fontes de carboidratos complexos, por exemplo. O ideal é respeitar a periodização de treinamentos, dividindo épocas de treinamento e competição, realizando a detox durante treinamentos mais leves ou descanso/recesso.
Mesmo fora da detox, a
dieta usual deve contemplar alimentos nutritivos e detoxificantes para atender as exigências de vitaminas e minerais envolvidos no metabolismo energético, equilíbrio metabólico, crescimento/recuperação muscular, sistema imunológico e
sistema antioxidante.
Dentro desse contexto, pode-se
atuar dentro da proposta da Nutrição Esportiva Funcional, onde existe uma clara
associação entre o estresse metabólico, muscular, hormonal e inflamatório induzido
pelo exercício, proporcionando ao atleta, além de ótima performance, a necessária harmonia na interação dos sistemas
corporais responsáveis pelos processos básicos da saúde integral.
Para adequar as suas necessidades
à sua realidade de treinos, consulte um Nutricionista habilitado. Os resultados são diferenciados e totalmente
individualizados.
Fica a dica!
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