sábado, 19 de janeiro de 2013

Vitamina D

Fala-se muito sobre a vitamina D e sua contribuição na prevenção e desenvolvimento de doenças. Na minha prática clínica tem se tornado cada vez mais comum encontrar pacientes com deficiência dessa vitamina, além de muitas pesquisas concluíram que existe uma epidemia mundial da hipovitaminose D.

É importante citar sua importância em diversas doenças, como osteopenia e osteoporose, raquitismo infantil, câncer, autismo, asma, esclerose múltipla, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e transtornos do humor. Sua deficiência também está envolvida com dores ósseas, perda de dentes, diminuição da produção de colágeno e da função muscular (relaxamento e contração), fraturas, sistema imune, função cognitiva e secreção de insulina.

Um dos seus principais papéis é no metabolismo do cálcio, favorecendo sua absorção pelos ossos. Sem a vitamina D, por exemplo, somente 10 a 15% do cálcio consumido serão absorvidos. O fósforo também sofre essa influência, sendo absorvido apenas 60% da sua ingestão.

As recomendações diárias são difíceis de serem estimadas e variam, pois essa vitamina pode ser produzida dentro do nosso corpo (endogenamente) e armazenada tecido adiposo (gordura corporal) por um longo período. Suas necessidades também variam de acordo com o consumo alimentar de cálcio e fósforo, idade, sexo, pigmentação da pele, exposição ao sol, uso de protetor solar, vestuários, ambientes fechados e estações do ano. O envelhecimento, obesidade, síndromes de má-absorção, excesso de ferro, cobre e manganês também são fatores de risco para a deficiência da vitamina D.

Como é preciso definir um padrão, o consumo estabelecido para a população em geral é o seguinte:
*5mcg = 200UI

A pele tem alta capacidade de produzir vitamina D com a exposição solar, sendo necessários poucos minutos para exceder com facilidade as fontes alimentares. Por exemplo, 30 minutos de banho de sol produzem cerca de 20.000 UI de vitamina D, equivalentes a 40 litros de leite ou 50 tabletes de suplemento. No entanto, ainda é difícil estimar a quantidade necessária para prevenir a sua deficiência.



Outras situações que também alteram o metabolismo da vitamina D são fibrose cística, doenças gastrointestinais, hematológicas, renais, insuficiência cardíaca e imobilização.

Os alimentos fontes são escassos, sendo encontrada na gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau, óleo de peixe, sardinha, fígado, manteiga, leite e nata.

Com a deficiência instalada, mesmo após a prescrição de uma suplementação adequada e ingestão de alimentos fontes, se estas condutas não forem associadas à exposição solar, muitas vezes não há correção do quadro, pois a síntese da vitamina D e sua fixação são dependentes da luz solar. Pode-se até corrigir a situação temporariamente, e o quadro voltar a aparecer após um período.

É preciso tomar cuidado com a suplementação, pois o seu excesso pode ser tóxico, causando hipercalcemia (deposição de cálcio nos rins, artérias, articulações, coração, ouvido ou pulmões). 

Alguns sinais de toxicidade de vitamina D incluem: enxaqueca, fraqueza, náusea, vômitos e constipação.

O padrão-ouro para o diagnóstico de hipovitaminose D é a dosagem de 25-hidroxivitamina D no soro. Veja:

Muitos laboratórios, médicos ou nutricionistas consideram valores normais acima de 30nmol/L, então procure um Nutricionista ou médico capacitados para te auxiliar nessa investigação e manutenção da sua saúde.

2 comentários:

  1. Muito bom você falar sobre isso Patricia, eu descobri que tinha deficiência em Vitamina D, hoje em dia as pessoas não tomam sol e olha que é de graça ... com certeza a alimentação deve estar ligada ao tratamento.

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    1. Obrigada Raquel... que bom que vc descobriu! Muitos sofrem sem saber. E tem que fazer o tratamento e repetir os exames, obrigatoriamente, pois às vezes não restabelece o quadro! E tomar sol! super necessário para o tratamento ter efeito + alimentação!
      Obrigada por estar acompanhando o blog!

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