Agora é a época que muitas pessoas voltam a praticar exercícios físicos, claramente indicados para alcançar a qualidade de vida. Para aquelas pessoas que treinam diariamente ou atletas de elite, os anos intensos de treinamento podem oferecer melhor adaptação ao metabolismo e favorecer a qualidade de vida dessas pessoas.
Porém, saber diferenciar o máximo de adaptação e o início do overtraining não é tão simples. Overtraining é um estado de alerta de sobrevivência, e não mais de adaptação, gerado pelo estresse do esporte em atletas e praticantes de atividade intensa. É um excesso de treinamento que se caracteriza por efeitos adversos no sistema nervoso, endócrino e imunológico, podendo acometer qualquer faixa etária.
Isso acontece após um período de tempo (semanas ou meses), por um trauma no músculo esquelético (inflamação local), que associado ao treinamento excessivo e repetido, com descanso inadequado, pode gerar uma inflamação geral (sistêmica).
Causas: excesso de treinamento, falta de preparo físico, respiração errada, pouco descanso, sono inadequado, desidratação e alimentação incorreta são algumas das causas desse problema.
Causas: excesso de treinamento, falta de preparo físico, respiração errada, pouco descanso, sono inadequado, desidratação e alimentação incorreta são algumas das causas desse problema.
Muitos pensam que aumentar a quantidade de exercícios interfere no resultado final e assim, exageram nas atividades, descansam pouco, se alimentam mal e comprometem a sua saúde.
As principais alterações encontradas no overtrainig são:
- Baixa performance (perda do rendimento) em competições e incapacidade de manter o treinamento ou falta de vontade de treinar.
- Fadiga persistente.
- Baixa auto-estima, alterações de humor, depressão e distúrbios do sono (insônia).
- Perda de apetite, anorexia, compulsão alimentar, bulimia, dores de cabeça, náuseas.
- Gripes, resfriados ou infecções respiratórias no trato superior.
- Queda da imunidade: diminuição dos neutrófilos, imunoglobulinas e células Natural Killers.
- Dores musculares e articulares.
- Degradação de proteínas, hipercatabolismo - perda de massa muscular, depleção das reservas de energia armazenadas no fígado e músculo, aumentando a gliconeogênese e síntese de proteínas de fase aguda.
- Alterações bioquímicas do sangue: ferritina, cortisol, insulina, glicemia, uréia, ácido úrico, zinco, selênio, cobre, manganês, testosterona, colesterol, etc.
- Liberação de moléculas responsáveis pela inflamação geral (IL-1, IL-6, TNF-alfa).
- Inadequada reposição de nutrientes e de glutamina (imunomodulador) durante o exercício.
Os sintomas podem apresentar-se de maneira variada, um deles ou vários ao mesmo tempo.
Uma alimentação antioxidante e individualizada durante um programa de treinamento bem orientado é capaz de quebrar o ciclo de ativação do sistema imunológico e fadiga.
Os suplementos são um importante coadjuvante, que oferecem nutrientes que não se consegue somente pela dieta. Não existe um consenso na literatura sobre suplementação, o que reforça a necessidade de um acompanhamento nutricional individualizado às suas necessidades.
A "auto-suplementação" pode agravar a situação, ao invés de oferecer proteção, pois sem conhecer a dose correta para o seu biotipo, pode gerar danos hepáticos, renais ou imunes, por exemplo.
O overtraining não deve ser confundido com overreaching, que é facilmente recuperado por ocorrer em curto período. Geralmente é uma fase planejada e bem conduzida do treinamento, com o intuito de contribuir para o aumento da performance.
Esse quadro é o pior inimigo da boa performance. Se você se identificou com algum dos sintomas ou vários, procure orientação do seu Nutricionista ou Médico do Esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela sua visita!