Uma vida saudável tem como um dos pontos chaves alcançar o equilíbrio bioquímico.
Simples assim!
Porém, não tão simples são os estilos
de vida na dieta, que afetam diretamente esse delicado balanço ácido-base sistêmico.
A carga ácida (pH mais baixo) da dieta é uma das causas fundamentais de muitas doenças e estresse fisiológico, sendo recomendada uma alimentação um pouco
mais alcalina, na proporção de 4:1 (alcalino:ácido) ou 80% alcalina e 20% ácida (entenda mais).
- Risco de osteoporose e fraturas: influencia na perda
de cálcio dos ossos, efeitos celulares sobre osteoblastos e osteoclastos
e mineralização da matriz óssea desregulada. Isso favorece ainda, a perda de massa
muscular, sarcopenia e balanço nitrogenado negativo;
- Saúde renal e hepática: pode gerar aumento do peso desses órgãos, bem como excreção urinária de cálcio pela perda óssea;
- Cortisol: baixo nível alcalino nos rins geram respostas que influenciam a produção de
cortisol. Este interfere no metabolismo do triptofano através de
citocinas inflamatórias e atrapalha enzimas responsáveis
pela conversão do triptofano em serotonina;
A serotonina diminuída interfere no humor, saúde emocional, sono e descanso, desejo sexual, controle da ingestão alimentar, compulsão e saciedade;
- O aumento do cortisol é uma das causas da Síndrome Metabólica, por aumentar a resistência à
insulina e glicose sanguínea. Favorece o ganho de peso, acúmulo de gordura corporal, perda de massa magra e aumento de ácidos
graxos livres circulantes, além do risco aumentado para desenvolver Diabetes Mellitus II, obesidade, doenças
cardiovasculares, câncer pancreático, de endométrio, mama e renal, entre outras;
- Desregula a ação da leptina, hormônio fundamental para manutenção do peso corporal, metabolismo da glicose e das gorduras, responsável pelo controle fome-saciedade, ingestão alimentar e gasto energético;
- Desregula a ação da leptina, hormônio fundamental para manutenção do peso corporal, metabolismo da glicose e das gorduras, responsável pelo controle fome-saciedade, ingestão alimentar e gasto energético;
- Desregula a sinalização de adiponectinas,
que favorecem a captação de glicose pelo aumento da sensibilidade da
insulina, a oxidação de ácidos graxos (gorduras) e evita a proliferação de células
que podem favorecer o desenvolvimento de alguns tipos de câncer (mama e
gástrico);
- Aumenta a produção de ácido
láctico, que acumulado na matriz mitocondrial atrapalha a formação de energia e favorece a formação de radicais livres. Isso gera estresse oxidativo intracelular que pode gerar lesões no DNA, ligadas a doenças inflamatórias como obesidade, câncer, síndrome metabólica, envelhecimento precoce, entre outras;
- Pacientes com pedras no rim têm ligação direta com a excreção aumentada de cálcio urinário,
por essa perda já relatada. Sugere-se inclusive, que a dieta mais alcalina previna a formação recorrente (ex: oxalatos);
- Prejudica a preservação da massa
muscular em idosos e pacientes em hemodiálise, por estimular a quebra de proteínas
(proteólise) e não proteger a perda de nitrogênio
urinário. A dieta alcalina
melhora a função muscular e desempenho anaeróbico, reduz a perda óssea, aumenta o ganho de massa muscular, diminui a
sarcopenia e reduz o desperdício de nitrogênio urinário;
- Parece
interferir em mecanismos de dor, sendo documentada em pacientes com fibromialgia, que o sintomas são intensificados pelo aumento
da atividade neuronal na coluna dorsal, promovendo sensibilização central. Esses
dados ainda são sugestivos e precisam de mais pesquisas significativas.
Por fim, todos esses efeitos não ocorrem a curto prazo. Dependem do tempo e da gravidade da dieta e da sua individualidade genética/bioquímica. A clínica e as pesquisas são convincentes dos efeitos causados
pela alimentação, e em grande parte, os processos podem ser prevenidos significativamente através da Nutrição Funcional.
Para reconhecer e respeitar os
sinais que o organismo demonstra e buscar o equilíbrio bioquímico, conte comigo!
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