terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dieta ácida e efeitos na saúde


Uma vida saudável tem como um dos pontos chaves alcançar o equilíbrio bioquímico.
Simples assim! 

Porém, não tão simples são os estilos de vida na dieta, que afetam diretamente esse delicado balanço ácido-base sistêmico.

A carga ácida (pH mais baixo) da dieta é uma das causas fundamentais de muitas doenças e estresse fisiológico, sendo recomendada uma alimentação um pouco mais alcalina, na proporção de 4:1 (alcalino:ácido) ou 80% alcalina e 20% ácida (entenda mais).

Aqui serão apresentados alguns efeitos da dieta com carga ácida no organismo humano.



- Pode influenciar a atividade de células responsáveis por promoverem a progressão de tumor ou carcinógenos;

- Risco de osteoporose e fraturas: influencia na perda de cálcio dos ossos, efeitos celulares sobre osteoblastos e osteoclastos e mineralização da matriz óssea desregulada. Isso favorece ainda, a perda de massa muscular, sarcopenia e balanço nitrogenado negativo;

- Saúde renal e hepática: pode gerar aumento do peso desses órgãos, bem como excreção urinária de cálcio pela perda óssea;

- Cortisol: baixo nível alcalino nos rins geram respostas que influenciam a produção de cortisol. Este interfere no metabolismo do triptofano através de citocinas inflamatórias e atrapalha enzimas responsáveis pela conversão do triptofano em serotonina; 
A serotonina diminuída interfere no humor, saúde emocional, sono e descanso, desejo sexual, controle da ingestão alimentar, compulsão e saciedade;
- O aumento do cortisol é uma das causas da Síndrome Metabólica, por aumentar a resistência à insulina e glicose sanguínea. Favorece o ganho de peso, acúmulo de gordura corporal, perda de massa magra e aumento de ácidos graxos livres circulantes, além do risco aumentado para desenvolver Diabetes Mellitus II, obesidade, doenças cardiovasculares, câncer pancreático, de endométrio, mama e renal, entre outras;

- Desregula a ação da leptina, hormônio fundamental para manutenção do peso corporal, metabolismo da glicose e das gorduras, responsável pelo controle fome-saciedade, ingestão alimentar e gasto energético;

- Desregula a sinalização de adiponectinas, que favorecem a captação de glicose pelo aumento da sensibilidade da insulina, a oxidação de ácidos graxos (gorduras) e evita a proliferação de células que podem favorecer o desenvolvimento de alguns tipos de câncer (mama e gástrico);

Aumenta a produção de ácido láctico, que acumulado na matriz mitocondrial atrapalha a formação de energia e favorece a formação de radicais livres. Isso gera estresse oxidativo intracelular que pode gerar lesões no DNA, ligadas a doenças inflamatórias como obesidade, câncer, síndrome metabólica, envelhecimento precoce, entre outras;

Pacientes com pedras no rim têm ligação direta com a excreção aumentada de cálcio urinário, por essa perda já relatada. Sugere-se inclusive, que a dieta mais alcalina previna a formação recorrente (ex: oxalatos);

Prejudica a preservação da massa muscular em idosos e pacientes em hemodiálise, por estimular a quebra de proteínas (proteólise) e não proteger a perda de nitrogênio urinário. A dieta alcalina melhora a função muscular e desempenho anaeróbico, reduz a perda óssea, aumenta o ganho de massa muscular, diminui a sarcopenia e reduz o desperdício de nitrogênio urinário;

- Parece interferir em mecanismos de dor, sendo documentada em pacientes com fibromialgia, que o sintomas são intensificados pelo aumento da atividade neuronal na coluna dorsal, promovendo sensibilização central. Esses dados ainda são sugestivos e precisam de mais pesquisas significativas.

Por fim, todos esses efeitos não ocorrem a curto prazo. Dependem do tempo e da gravidade da dieta e da sua individualidade genética/bioquímica. A clínica e as pesquisas são convincentes dos efeitos causados pela alimentação, e em grande parte, os processos podem ser prevenidos significativamente através da Nutrição Funcional.

Para reconhecer e respeitar os sinais que o organismo demonstra e buscar o equilíbrio bioquímico, conte comigo!


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